Este texto marca o encerramento da primeira etapa do meu curso de pós-graduação em Metodologias da Educação a Distância. Um curso que comecei de forma um tanto cética e pelo qual acabei me apaixonando, pois mudou completamente minha visão sobre a educação atual.
Assim como muitos, minha visão da EaD era limitada, eu a via como uma metodologia que não possuía um grande compromisso com a qualidade, mas que possibilitava ao aluno uma maior independência e flexibilidade. Foi grande e grata a minha surpresa ao conhecer o material e a estrutura do curso e perceber a excelente qualidade de ambos. Ao acessar material na internet sobre educação a distância, deparei-me com muita coisa, desde a história, depoimentos e oferta de cursos a distância. Mas o mais significativo foi poder integrar a grande discussão que há sobre esta metodologia: ela se caracteriza por estar em constante aprimoramento, não só no uso das novas tecnologias mas mesmo na sua concepção pedagógica. Ao contrário da educação presencial, que ainda está presa a noções tradicionais (quadro-giz-professor) a EaD é chamada de educação aberta exatamente por evoluir constantemente, aceitando e utilizando a modernidade a seu favor. A tão buscada autonomia do aluno na sala de aula presencial já é condição da educação a distância há muito tempo e a hierarquia rígida professor-aluno diluiu-se no processo em que o primeiro atua como mediador e tutor do segundo.
Ao pesquisar e participar de blogs de EaD, percebe-se o grande número de pessoas que ela atinge, sem quaisquer distinções: a única condição fundamental é que tenham acesso à internet e o desejo de aprender. A oferta de cursos gratuitos é grande, a disponibilização de e-books e mesmo de aulas de renomadas universidades é uma realidade neste mundo virtual, contribuindo para o processo de aprendizagem em todas as áreas do conhecimento. Em contraponto ao curso tradicional, o aluno tem a sua disposição um infinidade de materiais de pesquisa em tempo real, sem a necessidade de carregar livros ou de gastar com cópias, economizando, inclusive, recursos naturais.
Em minhas pesquisas, foram raros os relatos contrários à EaD; o que se busca é a qualidade destes cursos que possuem, inclusive, uma fiscalização do governo, que estabelece normas rígidas para garantir esta qualidade. Fala-se, sim, na resistência de alguns setores em relação às graduações a distância, visto serem elas uma "novidade" para muitos (muito embora a EaD, só no Brasil, já tenha mais de 70 anos) mas sabe-se pelas pesquisas que alunos egressos de cursos a distância têm desempenho igual ou melhor do que os demais.
O primeiro é muito rico: fala de legislação, da história, dá dicas de cursos e eventos e disponibiliza e-books. Tem colocações muito interessantes como "EaD deixou de ser tendência" e a expressão "sair do gerúndio", ao dizer que é necessário que se façam mudanças efetivas na educação brasileira. São posts atualizados, notícias, aulas da USP disponibilizadas e foram várias a discussões das quais participei através de comentários.
O segundo tem uma postura crítica, mas não menos interessante. Cita João Mattar com o seu "impostutor" e dá dicas de vídeos no youtube sobre EaD. Ele também discute o papel das redes sociais na educação a distância, o uso de games na educação e é muito prolífico na diversidade de seus posts. Fala também da campanha "Educação não é fast-food", lançada em 2011 e que contestava a graduação em Serviço Social sem a interação e socialização, além de debater o que chamou de "processo de mercantilização da educação". É, portanto, um espaço extremamente democrático de discussão e reflexão sobre a EaD.
Estas leituras foram fundamentais para a mudança da minha postura e para o enriquecimento da minha aprendizagem. Ter à disposição material tão variado e poder interagir com ele foi o que contribuiu de forma significativa para que este blog surgisse e contribuísse, ainda que de forma tímida, para disseminação da EaD como uma forma moderna, dinâmica e valiosa de educação democrática.